CLAM – ES

O sucesso das fêmeas e do determinismo

A vertente feminista mais conhecida do público foi a que atingiu em cheio o domínio do sexo, ao apontar que as tecnologias das ciências biomédicas desempenharam um papel crucial na construção dos significados que atribuímos ao corpo, ao comportamento e à sexualidade humanos, dentre os quais a passividade sexual feminina. Atacou, ainda, o uso que os cientistas faziam de modelos animais (moscas de frutas, patos selvagens e chimpanzés) para explicar a sexualidade humana.

O que muita gente desconhece é que nesse mesmo contexto dos anos 60 – de desafio às imagens de domesticidade feminina e de grande apelo da política de liberação sexual – outro grupo de pesquisadoras, que definia seu trabalho como estritamente científico e sua identidade acadêmica como primatologistas, obteve grande êxito (acadêmico e de opinião pública) defendendo o determinismo biológico e o uso de modelos animais para apregoar a assertividade sexual das fêmeas.

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