CLAM – ES

Gênero e políticas de saúde

Romper com a idéia de “gênero igual à mulher”, dar visibilidade para a dimensão da sexualidade enquanto uma questão de saúde e poder transversalizar o gênero como um tema importante para a saúde coletiva são os objetivos do Grupo de Trabalho Gênero e Saúde, coordenado, nos últimos dois anos, pela médica Wilza Vieira Villela (Instituto de Saúde/SES-SP).

“Pensar tratamento de câncer na perspectiva de gênero não é igual a fazer ação de prevenção de câncer de colo de útero. É importante fazer esse trabalho de prevenção de colo de útero, mas o câncer de pulmão, por exemplo, é completamente diferente entre homens e mulheres. Homens e mulheres se relacionam diferentemente com doenças crônicas que exigem cuidado, como é o caso do câncer. Este é o olhar de gênero na saúde”, afirma ela nesta entrevista.

Criado há onze anos pelas pesquisadoras Estela Aquino (ISC/UFBa), Maria Luiza Heilborn (IMS/UERJ), Ana Maria Costa (UnB/Ministério da Saúde) e Regina Barbosa (NEPO/Unicamp), o GT Gênero e Saúde tem por finalidade pautar a temática de gênero nos eventos da ABRASCO e também na sua linha editorial. Além de uma grande oficina, o GT será responsável por cinco painéis e uma palestra dentro da programação do 11º Congresso Mundial de Saúde Pública e do 8º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, eventos que acontecerão entre os dias 21 e 25 de agosto, no Rio de Janeiro, organizados pela Federação Mundial de Saúde Pública e pela Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Pública (ABRASCO), sua afiliada no Brasil. O GT também promoverá o lançamento, durante o Congresso, da primeira edição em português da cultuada revista científica inglesa Reproductive health matters.

Formada em Medicina pela Escola de Medicina e Cirurgia, atual Uni Rio, Wilza Villela fez mestrado no Instituto de Medicina Social (IMS/UERJ) e doutorado da Universidade de São Paulo (USP). Foi, entre os anos de 1998 e 2002, uma das diretoras do Instituto de Saúde da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo (SES/SP). Atualmente, faz pós-doutorado na Escola Paulista de Medicina (Unifesp). Nesta entrevista, ela fala da importância dos estudos de gênero para a área da saúde coletiva, das atividades que o GT vai desenvolver dentro do Congresso e dos possíveis resultados e desdobramentos no contexto internacional. “O gênero é um dos determinantes sociais da existência humana, de tal maneira que se torna um dos determinantes do processo de saúde/doença”, observa a pesquisadora.

Qual a importância dos estudos de gênero para a área da saúde coletiva?

Todos os seres humanos são generificados – homem/mulher. Para além do biológico e demais diferenças, essa é uma distinção fundante e que determina a circulação social, os espaços que as pessoa ocupam e a maneira como elas vivem. Se acreditamos que o processo de saúde/doença é determinado sócio-culturalmente, a doença poderia ser entendida como uma tradução, no âmbito do corpo biológico individual, das vicissitudes e da trajetória do viver, e esse é um processo sócio-cultural. Isto vai marcar o corpo de formas diferentes e algumas dessas marcas são lidas como doenças. Como os corpos masculinos e femininos circulam de maneiras distintas no mundo, todo o processo da vida, do adoecimento e da morte é marcado pelo fato de se ser homem ou mulher. Isto faz com que homens adoeçam de uma determinada maneira e mulheres de outra. Esta é a importância dos estudos de gênero para a área da saúde. O gênero é um dos determinantes sociais da existência humana, de tal maneira que se torna um dos determinantes do processo de saúde/doença. Vale lembrar que gênero não é só mulher, gênero são mulheres e homens.

Mas, ao falar em estudos de gênero, parece haver ainda uma tendência de se associar o termo à mulher.

Eu diria que o campo esteve marcado por essa idéia em sua origem. Historicamente o campo de estudos de gênero se inicia com um objetivo de marcar a especificidade das mulheres, devido a uma condição de subordinação e de dominação sofrida pelas mulheres que configura um conjunto de necessidades próprias. Não se pode analisar a saúde das mulheres sem olhar para um contexto de dominação e opressão que determinaria essas necessidades. Então, os estudos de gênero começam atrelados a essa discussão política do movimento feminista. Entretanto, no desenvolvimento desses estudos reconheceu-se que, ao lado da dinâmica de opressão das mulheres existia também um processo social de opressão sobre os homens. A forma como os homens são oprimidos pela cultura de gênero é bastante diferente como isso opera em relação às mulheres. Então, neste segundo momento dos estudos de gênero, começa-se a discutir os estudos de masculinidades e como as construções sociais sobre o ser homem também acarretam riscos para os homens e agravos à saúde. Foi importante perceber que existe um sistema de opressão diferente, que penaliza de forma distinta, mas que opera também sobre os homens.

Uma terceira inflexão importante foi olhar especificamente a sexualidade como um campo distinto. Nos primórdios dos estudos de gênero, assim como falar de gênero significava falar de mulher, sexualidade era equivalente a heterossexualidade e reprodução. Então, passou-se a olhar a sexualidade como uma maneira de circular na sociedade e de se relacionar com o próprio corpo e com o outro. Essa também foi uma reflexão essencial para os estudos de gênero.

É importante para o campo da saúde poder incorporar a sexualidade como uma dimensão da saúde humana. A sexualidade não é uma dimensão da reprodução, e sim da vida, e tem a ver com a auto-estima, que por sua vez está relacionada à depressão mental, cardiopatias, diabetes e uma série de agravos clínicos. Passar a enxergar a sexualidade como uma dimensão que articula a vida física, emocional e psíquica foi um avanço estrondoso. Por outro lado, gênero e sexualidade são campos próximos, mas são duas coisas diferentes. Um determina o outro, mas são duas coisas distintas.

Que atividades o GT gênero e saúde pretende desenvolver dentro do Congresso?

Como fizemos nos dois últimos anos, há uma grande oficina e um conjunto de painéis e uma palestra que vão problematizar e tentar aprofundar alguns dos diferentes pontos que serão tratados na oficina. A finalidade da oficina é identificar avanços e lacunas na incorporação do gênero no âmbito da saúde coletiva e da saúde pública. Entendemos que, sendo a ABRASCO um órgão legítimo dentro do campo da saúde e o GT uma instância da instituição que trata da questão de gênero, é importante fazer esse diagnóstico até mesmo para orientar as próximas atividades do GT dentro da ABRASCO. É importante desenvolver, a partir das pesquisas realizadas, determinados consensos políticos ideológicos, que vão, num segundo momento, se traduzir em ações de gestão e práticas de serviços no campo da saúde pública.

E que balanço pode ser feito a partir deste diagnóstico? Que avanços e lacunas foram identificados até agora?

O resultado das duas oficinas anteriores apontaram que, se de um lado, temos tido muitos avanços, por outro lado, existem ainda coisas em que temos que avançar mais, como por exemplo, a idéia de gênero como equivalente de mulher. Existe ainda um volume muito grande de pesquisas e ações que endossam essa idéia. A própria política de gêneros, o que quer dizer? Programa de Saúde da Mulher. Ou então “saiu uma pesquisa com recorte de gênero”. Qual o recorte de gênero? No campo do planejamento e políticas de saúde, na hora que se vai operacionalizar o gênero, ele vira programa de saúde da mulher. Então, teríamos que ter um avanço no sentido de buscar uma operacionalização para a idéia de gênero no campo da saúde coletiva e da saúde pública que rompesse com a história que gênero significa mulher oprimida. Essa foi uma de nossas primeiras avaliações. Temos que tentar adensar a construção teórica de gênero na saúde que não ficasse entendida com saúde da mulher e, por outro lado, avançar proposições de políticas e de planejamento.

Do que trata a oficina neste Congresso? Quais as suas expectativas em relação aos resultados que o GT pode trazer para o Congresso, que reúne especialistas na área da saúde de todo o mundo?

Como este é um congresso internacional, a proposta da oficina é tratar de reforma no setor da saúde, que é algo que está acontecendo na América Latina como um todo, e analisar como se pode pensar políticas com perspectiva de gênero no contexto de reforma. Então, esta oficina tem um certo caráter estratégico, porque a maioria dos países da América Latina e do Caribe estão num momento de reforma do setor da saúde. A maioria tem montado, por conta das metas do milênio, programas de redução da morte materna. É claro que se pode fazer um programa de reforma no setor que tenha um componente forte de redução da morte materna e, a partir disso, fazer uma política sólida de gênero. Pode-se, infelizmente, também fazer o contrário: realizar um programa extremamente reacionário e voltar para programas materno-infantis dos mais retrógrados. Então este é um momento estratégico para pensar que, se conseguirmos fazer com que países que estão construindo sua reforma no setor, possam construir essa reforma com uma perspectiva de gênero mais avançada, este será um grande ganho político. Por isso estamos realizando esta oficina internacional, com pessoas da Organização Pan-Americana de Saúde, do Fundo de Populações das Nações Unidas e da Associação Latino-Americana de Medicina Social (ALAMIS). A idéia é reunir atores internacionais importantes na construção dessas reformas em seus respectivos países e formular um documento como produto desta oficina, a ser publicado. Esperamos assim ter um avanço nesta formulação.

E quanto aos painéis e à palestra?

Como disse, a idéia dos painéis e da palestra é desdobrar e aprofundar a discussão proposta pela oficina. Destaco o painel “Mulheres tomadoras de decisão: empoderamento da mulher como condição para o desenvolvimento”, do qual vão participar duas ministras da saúde de países latino-americanos – a ministra Nila Heredia, da Bolívia, e Maria Soledad Barria, do Chile – a ministra do Meio Ambiente do Brasil, Marina Silva, e a presidente da OPAS, Mirta Roses Periago. Montar este painel foi uma vitória para nós, com a perspectiva de discutir em que medida é possível, no processo de negociação política, o que significa ser feminista e ter poder. Temos ainda dois outros painéis que olham para a construção da parceria da sociedade civil e do Estado na garantia dos direitos sexuais e reprodutivos, com recortes diferentes, e dois outros que olham especificamente a questão da sexualidade. Um deles trata dos limites dos estudos populacionais sobre sexualidade e, por outro lado, sua capacidade de pautar políticas públicas. A proposta do outro painel que enfoca a sexualidade – “Desestabilizações da categoria gênero e suas repercussões na Saúde” – é considerar a diversidade sexual sob um outro olhar. Há dez anos, falar em desestabilização de gênero era uma discussão impensável. Uma coisa é colocar, por exemplo, um trabalho sobre travestis numa mesa sobre populações vulneráveis à Aids, e outra é tratar da temática numa mesa sobre novas questões para saúde. Ao associar os travestis às populações vulneráveis à Aids, os colocamos como um grupo de risco, mais vulneráveis ou mais transmissores. Entretanto, quando integram uma discussão sobre novas questões para a saúde, estamos abordando tal população com outro olhar. Um outro exemplo: o Hospital das Clínicas de São Paulo tem um serviço montado para fazer adequação sexual. Apesar deste serviço ser caro e sofisticado, eu não tenho nenhuma razão de achar que uma mulher, que nasce com um pênis, tenha menos direitos a adequar o seu corpo à sua subjetividade do que uma criança que nasce com leucemia e precisa fazer um transplante de medula. Como avaliar? Por que alguém tem mais direito? Por que a morte física é mais grave que a morte mental e da subjetividade do sujeito? Na verdade, o Estado tem que buscar resolver os dois problemas. Porque ainda não temos capacidade de ampliar tratamento para o câncer ou reduzir a morte materna, isto não é razão para não se fazer cirurgia de adequação corporal. No início do hiv, muitos questionavam como poderíamos dar os anti-retrovirais, que são tão caros, para uma meia dúzia de pessoas que resolveu “dar pra todo mundo”. Como a epidemia da Aids se tornou um sério problema de saúde pública, o Estado hoje em dia garante o direito ao acesso aos medicamentos à população soropositiva de forma universal.

O GT também estará lançando no Congresso a edição em português da revista inglesa Reproductive health matters.

A Reproductive helath matters é uma revista do campo da saúde coletiva que olha as questões da saúde reprodutiva e da sexualidade com todo o rigor acadêmico, mas é feita numa perspectiva feminista. Eles têm procurado, em alguns países, parceiros para que a revista fosse publicada em outros idiomas. Ela já é publicada em espanhol, hindi, chinês e agora vai ser lançada a primeira edição em português. A idéia é continuarmos a ser as editoras desta revista.



OFICINA: Políticas de Saúde para as Mulheres e Reformas do Setor Saúde: focalização ou universalidade?

COORDENADOR(ES):
Wilza Vieira Villela wilza.vi@terra.com.br
Tânia Lago tânia.lago@cebrap.org.br

EMENTA:
A chamada Reforma do Setor Saúde, que ocorre em todo os países do mundo com dinâmicas e características próprias a cada país, tem sido uma tentativa de resposta ao desafio de ampliar a cobertura das ações de saúde incorporando os avanços tecnológicos, a um custo suportável pelos países. Desafio que tem colocado, para gestores, planejadores e outros defensores do direito à saúde os seguintes questionamentos: como implementar políticas universais e ao mesmo tempo atender a demandas de grupos particulares, por exemplo, mulheres negras, mulheres lésbicas, trabalhadoras rurais, indígenas e outras? Ou, dito de outra forma, como promover equidade no âmbito de políticas universais?
Este é um dos temas mais importantes atualmente no debate internacional sobre provisão de serviços. No entanto, não se refere apenas à aparente contradição entre universalidade X atendimento a grupos particulares, mas à universalidade X desenho/implementação de ações/ voltadas para enfrentar problemas específicos e obter impacto sobre indicadores de saúde. Ou seja, o tema seria a tensão entre universalidade x focalização em problemas e /ou grupos populacionais, e a potencialidade contida em qualquer das opções de aprofundar processos de exclusão social.
Neste sentido, a oficina visa contribuir com este debate, a partir da problematização dos modelos de Reforma adotados nos países da América Latina e do Caribe, e seus impactos sobre a saúde das mulheres.
Produtos: Um texto referencial do GT sobre o tema;
Participantes: membros do GT e convidados;


Programa
9:00 Abertura e boas vindas
9:30- 11:00 Tema 1. coordenação: Wilza Villela
Reformas do Setor Saúde: Universalização x Focalização: atualizando os termos do debate.
Débora Tajer (ALAMES e Mestrado de Gênero Sociedade e Políticas- FLACSO/ PRIGEPP)
Metas do Milênio e Políticas de Saúde Sexual e Reprodutiva – Rosemary Barber-Madden (UNB)
Debate: Taís Santos (UNFPA/BRASIL)
Discussão
11:00 – 12:30 Tema 2. coordenação: Regina Barbosa
Panorama das Políticas de Saúde da Mulher na América Latina e Caribe – Margareth Arilha (UNFPA – Escritório para AL e Caribe)
Debate: Maria Angélica Gomes (OPAS)
Discussão
AlMOÇO 12:30 – 14:00
14:00- 15:30Tema 3. coordenação: Estela Aquino
Impactos sobre a saúde das mulheres de diferentes políticas de saúde: o caso da Morte Materna na América Latina Tânia Lago (CEBRAP/Santa Casa/SP)
Debate: Virginia Camacho (OPS-WAS)
Discussão
15:30 – 16:30 Tema 4. coordenação: Lilia Blima
A relação público/privado no contexto da Reforma e seu impacto sobre a saúde das mulheres. Lígia Bahia (UFRJ)
16:30 Sintese e sistematização das propostas da oficina para ABRASCO e WHPA
17:00 Encerramento

O Grupo Temático Gênero e Saúde convida Dia 21/08 –
OFICINA PRÉ CONGRESSO: Políticas de Saúde para as Mulheres e Reformas do Setor Saúde: focalização ou universalidade? Coord.:Wilza Villela e Tânia Lago Riocentro. Sala F6

Dia 23/08 15:00
PALESTRA: Comportamento Sexual e Reprodutivo da População Brasileira: Mudanças Recentes
Dra Elza Salvatori Berquó (CEBRAP) coord.:Pedro Chequer (UNAIDS) Pav 5 – Sl H2

PAINÉIS: Pav. 5
Sl D3 Intervenção Social e Trajetórias Juvenis: Análise das Ações e Repercussões nas Condições de Vida e na Saúde Sexual e Reprodutiva. coord.: Elaine Reis Brandão (NESC/UFRJ)
EXP.: Simone Monteiro (IOC), Mara Viveros (UNC); Gabriela Calazans (CRT/AIDS SP)
Sl C Mulheres Tomadoras de Decisão: «Empoderamento da mulher como condição para o desenvolvimento . coord.: Mirta Roses Periago (OPAS)
EXP: Nila Heredia (MS Bolívia); Margarita Gurdián López ( MS Nicarágua); Marina Silva (MMA Brasil)

Dia 24/08 9:30
PAINÉIS- Pav.5
Sl D3: Desestabilizações da Categoria Gênero e suas Repercussões na Saúde coord.: Fabíola Rohden (CLAM)
EXP.: Regina Facchini (UNICAMP); Elisabeth Zambrano (UFRGS) ; Sérgio Carrara (IMS/UERJ)
Sl G 9 : Movimentos Sociais e Políticos com recorte Étnico-Racial em Saúde Pública
coord: Wilza Villela (UNIFESP)
EXP: Marcelo Paixão (IE/UFRJ); Luiza Garnelo (FIOCRUZ); Marcos Chor Maio (FIOCRUZ)

15:00
Sl D3: Violência Doméstica Contra a Mulher e Saúde coord.: Claudia García-Moreno (WHO)
EXP.: Lilia Blima Schraiber (FMUSP0; Michael E. Reichenheim (IMS/UERJ); Rosalina Carvalho da Silva (FFLCH USP/RP).

Dia 25/08 9:30
PAINÉIS:
Pav. 4, sl 1
Contribuições da Sociedade Civil na Formulação, Implementação e Monitoramento de Políticas de Saúde. coord.: Ana Maria Costa (MS Brasil).
Exp. Alessandra Cabral dos Santos Nilo (GESTOS) Paula Santana Nazarit (ALAMES Chile) Sarah Escorel – (ENSP) Mercedes Juarez (OPAS)
Pav. 5, sala F1
Pesquisas Quantitativas em Sexualidade coord.: Regina Maria Barbosa (NEPO/UNICAMP)
Juliet Richters (Univ.of New South Wales, Sydney, Australia) Michel Bozon (INED Paris, France) Maria
Luiza Heilborn – IMS/UERJ

Lançamentos – 15h30min às 16h30min

22 de agosto de 2006
Aprendizado da Sexualidade, O
Maria Luiza Heilborn, Estela Mª Aquino e Daniela R. Knauth e Michel Bozon (orgs.)
Editora Fiocruz/Garamond, 2006

Educação, Comunicação e Tecnologia Educacional: interfaces com o campo da saúde
Simone Monteiro e Eliane Vargas (orgs.)
Editora Fiocruz, 2006

PERIÓDICOS:
Questões em Saúde Reprodutiva
Edição ABRASCO/GT GÊNERO E SAÚDE

CADERNOS DE SAÚDE PÚBLICA – Suplemento Temático – volume 22, número
07 ano 2006 Juventude, Sexualidade e Reprodução. Edição Cadernos de Saúde Pública/ENSP/FIOCRUZ

24 de agosto de 2006
Brasileiras: Guerreira da Paz – Projeto 1000 Mulheres
Clara Charf (org.)
Editora Contexto, 2006

Ensaios: Bioética
Débora Diniz e Sérgio Costa
Editora Brasiliense/Letras Livres, 2006

Mulher no Corpo, A – Coleção Sexualidade, Gênero e Sociedade
Emily Martin
Editora Garamond, 2006

Reinvenção do Corpo, A – Coleção Sexualidade, Gênero e Sociedade
Berenice Bento
Editora Garamond, 2006

Saúde da Mulher: um desafio em construção
Elza Berger Salema Coelho, Maria Cristina Calvo e Clair Castilhos Coelho
Editora da USFC, 2006

Violência Dói e Não é Direito – a violência contra a mulher, a saúde e os direitos humanos
Lilia Blima Schraiber, Ana Flávia Pires Lucas D’Oliveira, Maria Thereza Couto Falcão e Wagner dos Santos Figueiredo
Editora UNESP, 2005


Comunicações coordenadas
Dia 22/08
08:30 – às 09:30 Pav 5
Sl F2
Raça, Gênero e Geração: Saúde e Desigualdades Sociais. coord: Fabíola Rohden
As Bases da Pirâmide Social no Coração do Brasil: Um Estudo Sobre a Qualidade de Vida de Mulheres Negras no Distrito Federal -Dora de Oliveira e Silva Porto;
Desprotección Social en Adultos Mayores Viviendo en La Pobreza Urbana – Margarita Márquez Serrano
Diferencias Sociales y de Género en los Síntomas Depresivos entre los Adultos Mayores de América Latina – Maria de Lourdes Tellechea Modino

Sl G2
Gênero e Risco à Saúde. coord: Greice Menezes
Mulheres Adolescentes: Riscos Reprodutivos, Anna Maria Hecker Luz
Mortalidade Materna em Pernambuco: o Que Mudou em Dez Anos (1994-2003), Sandra Valongueiro Alves
A Idade Materna e Possíveis Associações com Alguns Critérios de Risco Para Crianças Menores de 1 Ano, na Cidade do Recife. Anete Rissin
Determinação Social da Mortalidade Materna no Território da Subprefeitura de São Mateus Zenaide Neto Aguiar

14:00 às 15:00
Pav 4 – Auditório
Enfoques em Saúde Reprodutiva. coord: Simone Diniz
Introduction of Medication Abortion into Service Delivery in Vietnam Using the Who Strategic Approach Alyson Gale Hyman
Caesarean Sections in Brazil, Social Inequalities and the Day After Paulo Fontoura Freitas
Avaliação do Acesso aos Procedimentos Cirúrgicos de Esterilização no Município de Ribeirão Preto-SP
Elisabeth Meloni Vieira
Planos, Políticas e Programas de Saúde Sexual e Reprodutiva na América Latina e Caribe:
Wilza Vieira Villela

Pav 5
Sl C
Aborto, Qualidade da Atenção e Desigualdade Social. coord: Antonia Angulo Testa
La Calidad de la Atención en las complicaciones de Abortos: Un Desafío para la Salud Pública y los Derechos Humanos – Mariana Romero
La Opinión de los Médicos Sobre el Aborto Seguro como Parte Integral del Desarrollo Social en México. Martha Silva Acuna
Breaking the Barriers: Ensuring Women’s Access to Safe Abortion in India -Chandrashekar V S
Aborto Provocado na Juventude: Desigualdades Sociais no Desfecho da Primeira Gravidez
Greice Maria de Souza Menezes

Dia 23 de AGOSTO
08:30 às 09:30 – Pav. 5
Sl D1

Violência Contra a Mulher. coord: Edinilsa Ramos de Souza
Violence Against Women, Social Exclusion and HIV/Aids Among the Population Attending Health Services in Brazil Lilia Blima Schraiber

Domestic Violence Against Pregnant Women Followed in Public Health Facilities in Campinas, SP: Prevalence and Associated Factors Celene Aparecida Ferrari Audi

Prevalencia de Violencia Contra la Mujer en la Pareja y Su Impacto en la Salud. Izabella Rohlfs Barbosa

The Health Sector Response: Services for Abused Women in Health Care Institutions in Sri Lanka Mahabaduge Vathsala Fernando Jayasuriya

Sl G1

Comportamento Reprodutivo e Serviços de Saúde . coord: Ana Paula Portella
Adolescentes e Serviços de Saúde: o Caso do Programa Saúde da Família Verônica Maria Ferreira
Notas Sobre o Comportamento Reprodutivo dos Povos Indígenas no Período 1991-2000 Maria Graciela Gonzalez de Morell
Fatores que Influenciam na Realização de um Pré-Natal Não-Adequado Entre Puerperas Usuárias do SUS em Recife-PE. Valéria Conceição Passos de Carvalho

14:00 – 15-00 – Pav. 5
Sl C
Juventude, Sexualidade e Reprodução. coord: Ana Maria Costa
La Educación Sexual en Canadá y Chile: Empoderamiento u Control Social de L@S Adolescentes? Andrea Martin
Práticas Sexuais e Opções Reprodutivas Entre Estudantes da Rede Pública de Ensino Médio no Município de Santos, 2005. Kátia Cibelle Machado Pirotta
Teenage Pregnancy and School Dropouts: Economic Implications Percy Antonio Galimber
Understanding Youth Sexual Culture and Its Implications For Sexual and Reproductive Health Education Needs in Central Java Indonesia Zahroh Shaluhiyah

Sl D1
Gênero e Neoplasias coord: Estela Aquino
Predictors Of Quality Of Life in Cancer in-Patients, a Developing Country Experience Banu Cakir
Pav 5 – Sl D1 14:00 às 15:00
Impacto da Mortalidade Evitável por Neoplasias de Colo Uterino e Útero, SOE, no Brasil, em 1979-1981 e 1999-2001: Análise de Doze Capitais Selecionadas Miren Maite Uribe Arregi
De Peito Aberto: Falando de Mulher para Mulher Sobre a Mastectomia e Assistência á Saúde Numa Perspectiva de Gênero Simone Meira Carvalho
Prevenção de Câncer de Colo Uterino em População em Situação de Exclusão Social: a Insuficiência das Ações de Rotina. Tania Di Giacomo do Lago

Sl G1
Transexualidade e Saúde coord: Regina Mátria Barbosa
Transexualidade e Assistência Pública no Brasil: Márcia Ramos Arán
Subjetividade das Travestis Brasileiras: da Vulnerabilidade da Estigmatização á Construção da Cidadania Wiliam Siqueira Peres
“Outros Corpos, Novos Significados? a Produção Social da Transexualidade a Partir de uma Abordagem Sócio-Antropológica”. Maria de Fátima Lima Santos
Encontros Sexuais e Circuitos de Sociabilidade:Travestis e Transexuais na Cidade Vermelha Luciene Jimenez

DIA 24 DE AGOST0
14:00às 15:00 Pav 5
Sl D1

Masculinidades e Saúde coord. Lilia Blima Schraiber
Man Enough to Care: Involving Men in Home-Based Services for People Living With HIV/AIDS in Rural Zimbabwe 9197 Clarence S. Hall
Gênero e Atenção á Saúde: Explorando o Idh e a Variável Sexo na Morbidade Hospitalar no SUS Giliana Betini
Homens e Necessidades de Saúde: Estudo em um Serviço de Atenção Primária á Saúde. Wagner dos Santos Figueiredo
Causas de Morte Evitáveis por Atenção á Saúde no Brasil: Diferenciais entre Homens e Mulheres Daisy Maria Xavier

DIA 25 DE AGOSTO
08:30 às 09:30 Pav 5
Sl D3
Direitos Reprodutivos e HIV/Aids coord. Letícia Legay
Testagem para o HIV na Gestação: Ao Mesmo Tempo Direito e Responsabilidade Social
Guida Silva

Comportamento Reprodutivo entre Mulheres HIV Positivo na Cidade de São Paulo, Brasil
Regina Maria Barbosa

A Vontade de Ter Filhos entre Homens e Mulheres Vivendo Com HIV/AIDS: Um Desafio para os Serviços Vera Silvia Facciolla Paiva

A Ligadura Tubária em Mulheres Com HIV/Aids no Nordeste do Brasil Fabíola Araújo Sales de Oliveira

Sl E
Sexualidade, Violência e HIV/Aids. Coord. Estela Aquino
Deconstructing Particpatory Research in an HIV/AIDS Context Francis Dennis Anthony

Fatal Attraction: a Qualitative Study of Western Male Clients of Sex Workers in Thailand Rosanne Marie Rushing

Reflexões Sobre Risco e Vulnerabilidade na Saúde Gustavo Nunes de Oliveira
Cultura Y Salud. Estrategias de Promocion de la Salud Sexual y Reproductiva (SSR) y Prevencion del VIH/Sida Entre Jovenes de Bajos Recursos Dentro del Conurbano Bonaerense Mariana Beatriz Vazquez

Sl G2 Juventude e Sexualidade. Coord. Maria Luiza Heilborn
Juventude e Homoerotismo: Reflexões Sobre Corporeidade, Estigmatização e Aids Entre Jovens com Práticas Homoeróticas na Cidade do Rio de Janeiro Ana Elisabeth Barreto de Barros

Silêncio, Silenciamento e Ocultamento na Terapia Antiretroviral: Desvelando o Discurso de Cuidadores de Crianças Antonio Marcos Tosoli Gomes

Gravidez Adolescente não É Doença: Sexo e Maternidade Entre Jovens de uma Favela Paulistana João Eduardo Coin de Carvalho

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