Pesquisas indicam que no Brasil são realizados anualmente mais de 750 mil abortos em condições inseguras, e as complicações acarretadas pelo aborto clandestino representam a quarta causa de mortalidade materna no país. Além disso, cerca de 250 mil mulheres são internadas a cada ano no Sistema Único de Saúde (SUS) por complicações do aborto inseguro e, dessas mulheres, a maioria é negra, jovem e pobre. A organização Católicas pelo Direito de Decidir (CDD/Br) está dando início a uma série de ações, entre elas um abaixo-assinado, visando a legalização do aborto no Brasil. A iniciativa compõe, junto a ações de outras entidades, as Jornadas pelo Direito ao Aborto Legal e Seguro.
A campanha da CDD prevê a realização de oficinas de formação sobre a situação do aborto, onde será usado um kit de materiais composto por uma História em Quadrinhos, um vídeo, um CD e uma cartilha. A idéia é contribuir para uma reflexão da sociedade considerando aspectos éticos religiosos, dos direitos das mulheres e da saúde pública. Dentre as ações está, ainda, a coleta de assinaturas daqueles que estão cientes da problemática do aborto no país, que atinge mulheres jovens e adultas.
“Para mudar essa situação, é necessário que a prática de aborto deixe de ser considerada crime. É essencial que a mulher tenha o direito de decidir sobre o próprio corpo e de ser assistida pelos hospitais públicos, independentemente das causas do aborto. Além disso, é preciso garantir que a população brasileira tenha acesso à educação sexual, aos métodos anticoncepcionais e tenha a possibilidade de escolher ter filhos ou não. Em defesa da justiça social, assinamos abaixo em apoio à legalização do aborto no Brasil”, diz o documento.
Para aderir à campanha, clique http://www.catolicasonline.org.br.