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Feminismo virtual

O Portal Feminista (www.portalfeminista.org.br) completou, em dezembro, quatro anos no ar. Seguindo idéias de outros portais estrangeiros especializados, a proposta do Portal Feminista é oferecer um bando de dados específico para a área de estudos feministas e de gênero. “Nos dias atuais, onde vemos o surgimento de ‘bibliotecas sem paredes para livros sem páginas’, acreditamos ser importante a criação de um Portal que disponibilizasse a versão digital das revistas feministas”, diz Cláudia de Lima Costa, editora da Revista Estudos Feministas e coordenadora do projeto.

Ela lembra que o principal objetivo no desenvolvimento do projeto era a criação de uma biblioteca virtual de estudos de gênero e feministas a partir da inclusão das versões eletrônicas dos periódicos e revistas brasileiros, constituindo-se assim em um importante banco de dados para pesquisadoras/es dentro e fora da academia. “O banco de dados permitiria às feministas acadêmicas e militantes, ONGs, bibliotecas e outras instituições da sociedade civil acesso gratuito a um leque maior de publicações feministas”, observa Cláudia.

Além da Revista Estudos Feministas, o Portal oferece ainda duas outras publicações do campo – o Caderno Espaço Feminino e a revista Gênero. A novidade é que, em breve, os Cadernos de Pagu deverão fazer parte das publicações do site. Segundo Cláudia, ter estas revistas feministas em versões digitais apresenta muitas vantagens. “Possibilita uma disseminação do conhecimento mais rápida e uma maior facilidade para pesquisa. Além disso, a natureza dos periódicos online permite amplo espaço para crescimento, experimentação e customização. Este tipo de publicação pode facilmente mudar para se adequar às novas inovações tecnológicas da internet e dos computadores”, afirma.

Uma outra grande vantagem é, segundo ela, o fato de periódicos online não terem o problema dos números esgotados. “O acesso aos artigos em números impressos esgotados é sempre garantido e também possibilitado a partir da versão em CD-Rom desses artigos”, diz Cláudia.

Além do acesso gratuito ao conteúdo das revistas acadêmicas feministas, o Portal também oferece a possibilidade de divulgação de eventos, concursos e bolsas, o cadastramento de teses e dissertações e um mecanismo de busca através do qual pode-se listar publicações por ordem alfabética ou buscar artigo por título, autor/a, palavra-chave, resumo, texto ou palavra-chave. Ao entrar em uma revista específica, o mecanismo de busca também seleciona o volume/ano, e depois seleciona o número/mês.

Para a feminista, ainda há no Portal muito espaço para crescer. “Nesse mundo digital sem paredes, podemos visualizar muitos novos objetivos, inclusive a entrada de conhecimentos feministas alternativos, igualmente valiosos, produzidos pelas ONGs e pelo movimento de mulheres através de suas publicações”, diz.

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