A antropóloga carioca Maria Luiza Heilborn, 51 anos, há décadas estuda o comportamento sexual dos brasileiros. Professora do Instituto de Medicina Social da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e coordenadora do Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos (Clam), Maria Luiza é conhecida por teses que desmistificam paradigmas arraigados na sociedade em relação ao sexo, sobretudo, na juventude. Foi sob sua coordenação que se publicou este ano uma das mais significativas pesquisas sobre o tema já realizadas no país: Gravidez na adolescência: um estudo multicêntrico sobre jovens, sexualidade e reprodução no Brasil (Gravad), feita pela Uerj, em conjunto com a Universidade Federal da Bahia (Ufba) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS). Em entrevista por telefone ao Correio da Bahia, a especialista falou sobre exibicionismo e erotização de jovens na internet, machismo, quebra de tabus como a virgindade, diferenças comportamentais entre a juventude de várias regiões e o papel da mulher como elemento modernizador das relações. Disse ainda que, apesar de ser um problema, a gravidez na adolescência não é o mal que se noticia.
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