Patrocinadora de projeto de lei que liberava o aborto na rede pública
até o terceiro mês de gravidez, engavetado há mais de um ano no
Congresso, a ministra Nilcéa Freire (Secretaria Especial de Política
para as Mulheres) faz dobradinha com o colega da Saúde, José Gomes
Temporão, na defesa da retomada do debate. Ela insiste que a
legislação brasileira é anacrônica e precisa ser revista. Médica por
formação, Nilcéa, 54, diz que o viés moral, ditado por «forças
conservadoras», tem impedido o debate.