CLAM – ES

Entre o científico e o confessional

Debatedores defendem reflexão sobre aborto a partir de dois pontos de vista: o individual e o sociopolítico

SÃO PAULO – Menina de 9 anos engravida de gêmeos após ser estuprada pelo padrasto. Um caso como esse, ocorrido em Alagoinha (PE), vai figurar sempre entre aqueles diante dos quais todos os adjetivos de repúdio se revelam constrangedoramente frágeis para classificá-lo. Pesando 30 quilos e com risco de morrer, a criança foi submetida a um aborto. Ainda que os médicos que praticaram o ato tivessem agido dentro da lei – o código penal do Brasil admite o aborto se a gravidez resultou de estupro e/ou se a vida da mãe estiver correndo perigo -, o arcebispo de Recife e Olinda, d. José Cardoso Sobrinho, decidiu vir a público para condená-los, e também à mãe da menina, que lhes deu autorização para o procedimento. Com base no direito canônico, ele anunciou a excomunhão de todos eles. Uma semana depois, a CNBB desautorizou a postura do arcebispo em relação à mãe afirmando que ela teria agido sob pressão e com o objetivo de salvar a vida da filha.

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