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Anpocs: prazo prorrogado para envio de trabalhos

Termina em 23 de maio o prazo para inscrição de propostas de trabalho para os Grupos de Trabalho (GT) ou Seminários Temáticos (ST) do 30º Encontro Anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs). A edição de 2006 do Encontro acontecerá entre os dias 24 e 28 de outubro, em Caxambu, Minas Gerais. A inscrição dos trabalhos pode ser feita pelo sistema online, através do site www.anpocs.org.br.

O 30º Encontro Anual da ANPOCS terá 27 grupos de trabalho e 9 seminários temáticos, além da exposição de painéis dentro dos próprios grupos. O evento contará também com mesas-redondas, sessões especiais, cursos, conferências, entre outras atividades. Pesquisadores do CLAM estão entre os coordenadores dos GTs “Sexualidade, corpo e gênero” e “Corpo, biotecnologia e saúde”, e do ST “Juventude: sexualidade, gênero e reprodução”. Incentivamos a todos os pesquisadores de temáticas afins a consultar as regras para submissão de trabalhos no site citado, enviando sua contribuição. Vejam os resumos abaixo:


GT 22 – Sexualidade, corpo e gênero
Coord.: Maria Filomena Gregori (UNICAMP), Sérgio Carrara (CLAM/IMS/UERJ) e Júlio Assis Simões (USP)

Nas Ciências Sociais brasileiras, os estudos que tratam de temas relacionados à sexualidade, corpo e gênero constituem um campo diversificado e que abrange uma multiplicidade de enfoques, desde a regulação do comportamento sexual e os valores subjacentes até às expressões identitárias (de cunho político e/ou estético) relacionadas a práticas afetivo-sexuais. O objetivo desse grupo de trabalho é o de discutir estudos que apresentem instrumentos para o refinamento teórico e metodológico a partir de investigações que, tomando variadas manifestações relativas ao corpo e à sexualidade, destacam as conexões entre gênero e outras categorias de diferenciação, tais como idade, raça, etnia e classe social. Pretende-se que as sessões sejam delimitadas em meio às seguintes temáticas: erotismo, práticas sexuais e indústria do sexo; escolhas, identidades e direitos sexuais; curso da vida e gerações nos usos, técnicas e tecnologias corporais; produção cultural e usos da imagem.


GT 03 – Corpo, biotecnologia e saúde
Coord.: Jane Araújo Russo (CLAM/IMS/UERJ), Ceres Gomes Victora (UFRGS) e Cynthia Andersen Sarti (UNIFESP)

Este GT objetiva reunir pesquisas em torno dois fenômenos contemporâneos: a invasão avassaladora das biotecnologias no campo médico produzindo novas questões éticas e políticas; o florescimento de um conjunto de práticas de cuidado de si que, associadas à multiplicação das biotecnologias, têm no corpo seu principal alvo de intervenção. O objetivo de nossa proposta é fomentar e produzir uma reflexão sobre esses fenômenos a partir das ciências sociais, visando fornecer uma alternativa às análises naturalizantes vindas do campo biomédico. Acreditamos que as questões envolvidas neste debate dizem respeito a novos modos de controle dos indivíduos e das populações que, sem passar necessariamente pelo poder do Estado, apontam para o surgimento de um novo sujeito político e para uma nova forma de constituição de si enquanto cidadão no mundo público. Propomos quatro temáticas a serem desenvolvidas: medicina e saúde: formas de gestão da vida; corpo e biotecnologia: formas de difusão e de resistência; Bioética e novas tecnologias de intervenção sobre o corpo; corpo, estética e consumo.


ST 05 – Juventude: sexualidade, gênero e reprodução
Coord.: Maria Luiza Heilborn (CLAM/IMS/UERJ), Daniela Knauth (UFRGS) e Elaine Reis Brandão (UFRJ)

O processo de transição à vida adulta alterou-se muito nas sociedades ocidentais modernas. Mudanças no estatuto infantil, redimensionamento da autoridade parental, novas normas educativas, transformações nas relações de gênero e entre gerações compõem novo cenário social e familiar. A construção social da adolescência se faz sob o aprofundamento do processo de individualização, com dinâmicas peculiares em cada segmento social. Novos comportamentos e valores sexuais convivem com antigas prescrições de gênero. Comumente temas como gravidez, aborto, Aids, violência sexual integram o debate público sobre uma eventual regulação da sexualidade juvenil. As tensões entre normatização da sexualidade e possibilidades de construção da autonomia por meio do aprendizado da sexualidade sugerem visões distintas sobre o estatuto juvenil. Pretende-se discutir novas configurações da sociabilidade juvenil, a institucionalização da sexualidade, medicalização dos comportamentos sexuais e reprodutivos, práticas corporais e de saúde, relações intergeracionais, espaços de regulação da sexualidade juvenil, impacto das políticas sociais nos jovens, segundo recortes de gênero, classe social e raça/etnia.

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