O documento “Sexualidade, Ciência e Profissão no Brasil”, que será lançado pelo CLAM no dia 13 maio, já se encontra disponível para download. A publicação oferece um quadro amplo acerca do surgimento e da consolidação da sexologia brasileira em suas diversas vertentes, e fornece subsídios para uma discussão crítica dos dilemas que cercam a sexualidade contemporânea. Ao mesmo tempo em que aparece sob a forma de doença, disfunção ou fator de risco que justifica intervenções médicas e psicológicas, a sexualidade é também tida como o elemento que funda a cidadania sexual e a própria concepção de direitos sexuais como parte dos direitos humanos.
O documento é produto da pesquisa “Sexualidade, Ciência e Profissão na América Latina”, parceria do CLAM e o Inserm (Institut National de la Santé et de la Recherche Médicale – França), tendo como coordenadores gerais os pesquisadores Alain Giami e Jane Russo. O objetivo foi mapear o campo profissional da sexologia em seis países da América Latina: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru. O volume disponível apresenta o trabalho realizado pela equipe brasileira.
A pesquisa busca delinear a especificidade das formas contemporâneas da medicalização da sexualidade tal como ocorrem na região latino-americana, levando em conta que tal processo envolve, ao mesmo tempo, tanto o controle social quanto a produção de identidades e de novas formas de subjetividade, alem de estar inserido em um processo mais amplo de modernização e globalização.
No dia 13 de maio, o documento será lançado durante uma mesa de debates que reunirá os antropólogos Sérgio Carrara (CLAM/IMS/UERJ), Fabiola Rohden (UFRGS) e Jane Russo (CLAM/IMS/UERJ), às 10h, no Auditório do Instituto de Medicina Social (IMS/UERJ – bloco E – 7º andar).
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