CLAM – ES

Presencia del EAD en el Cairo

Projeto do governo federal em parceria com o CLAM, o curso a distância Gênero e Diversidade na Escola será o foco de uma audiência pública que será realizada no dia 9 de novembro na cidade do Cairo, no Egito. Pioneira no gênero, a experiência brasileira será apresentada pelo antropólogo Sérgio Carrara, coordenador do CLAM, e discutida por autoridades egípcias e por membros de diversas organizações africanas.

O evento está sendo organizado pelo International Sexuality Fórum (ISF), grupo composto pelos diretores dos quatro centros para a sexualidade e os direitos humanos no mundo – o demógrafo Richmond Tiemoko, diretor do Africa Regional Sexuality Resource Center (Lagos, Nigéria); a psicóloga Radhika Chandiramani, diretora do South and Southeast Asia Resource Center on Sexuality (Nova Deli, Índia); o antropólogo Gilbert Herdt, diretor do National Sexuality Resource Center (São Francisco, EUA); e pelos antropólogos Maria Luiza Heilborn e Sergio Carrara, diretores do CLAM. Além dos diretores, o evento contará com a presença da advogada peruana Violeta Barrientos, facilitadora do ISF e de Leila Araújo, coordenadora executiva do projeto no Brasil.

Segundo Leila, a experiência brasileira do projeto de ensino à distância foi escolhida para ser o foco do Encontro no Cairo por preencher um dos objetivos principais do Global Dialogue Project, do qual os quatro centros fazem parte. “O item formação é uma das bases do projeto Global Dialogue, que tem como proposta promover um diálogo sobre sexualidade a partir de uma perspectiva de direitos humanos. E a educação é um dos caminhos pelos quais este diálogo se torna possível. Como o e-learning já estava na agenda de cada centro, a nossa experiência poderá contribuir com projetos da mesma natureza em outros países”, afirma Leila.

O projeto passo-a-passo

Visando a formação de educadores e educadoras da rede pública de ensino brasileira que atuam entre a 5ª e 8ª séries do Ensino Fundamental, o curso a distância Gênero e Diversidade na Escola resultou de um esforço conjunto da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres (SPM), da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD/MEC), da Secretaria de Educação a Distância (SEED-MEC), da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), do Conselho Britânico e do CLAM.

Em 2003, o governo federal brasileiro criou as Secretarias Especiais com status de ministérios visando a implementação de políticas anti-discriminatórias para a defesa dos direitos de mulheres, negros, índios, gays, lésbicas, transexuais e transgêneros. No ano seguinte, a SPM começou a desenvolver um projeto de formação de profissionais da educação, enfocando a temática de gênero.

O CLAM foi então convidado a participar do projeto com a missão de desenvolver um curso a distância que conjugasse as temáticas de gênero, raça/etnia e sexualidade, área de interesse e atuação da instituição. “O convite representou uma confluência de interesses, uma vez que o CLAM já estava promovendo debates e seminários que abordavam os temas de uma forma transversal”, lembra Sergio Carrara.

O CLAM coordenou a elaboração do material didático; selecionou via Internet o(a)s cursistas; selecionou e treinou professores on-line e orientadores de temas e, em parceria com o governo federal, consolidou o curso até sua etapa final.

Na primeira fase, O CLAM selecionou os 31 profissionais de diferentes partes do país que formaram a equipe de professores online, a maioria deles graduados em Ciências Sociais. O treinamento presencial desses professores foi realizado no Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), entre 20 e 24 de março de 2006.

O lançamento oficial do Gênero e Diversidade na Escola aconteceu no Palácio do Planalto, em Brasília, no dia 26 de maio de 2006, com a presença do presidente Luis Inácio Lula da Silva.

A fase de ensino a distância ocorreu entre 5 de junho e 12 de setembro de 2006, e e contou com cerca de 800 professores inscritos das cidades de Niterói e Nova Iguaçu (RJ), Salvador (BA), Dourados (MS), Maringá (PR) e Porto Velho (RO). Dividido em cinco módulos, o curso foi oferecido pela internet por meio da tecnologia do e-Proinfo, ambiente virtual de aprendizagem do MEC.

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