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GRAVAD en campaña del gobierno

Dados da pesquisa Gravidez na Adolescência: estudo multicêntrico sobre jovens, sexualidade e reprodução no Brasil (Pesquisa GRAVAD) foram utilizados como subsídios na implementação da campanha “Se cuida. Gravidez tem hora”, projeto do governo do estado do Rio de Janeiro direcionado aos adolescentes, lançado na quarta-feira, 28 de fevereiro.

Através do website www.agentesecuida.rj.gov.br, a campanha, veiculada na televisão, no rádio e em outdoors de todo o estado, visa informar aos adolescentes sobre sexualidade, métodos contraceptivos, cuidados na gravidez e pós-parto, locais de atendimento especializado em todo o estado, onde os/as adolescentes podem esclarecer dúvidas e buscar apoio., Em 2006, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, órgão responsável pela campanha, 44 mil adolescentes tiveram filhos no estado do Rio de Janeiro.

A cerimônia de lançamento aconteceu na sede do governo do estado, quando estiveram presentes o governador, Sergio Cabral e o secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, entre outras autoridades. Durante o evento, um vídeo institucional foi mostrado, apresentando dados da Pesquisa GRAVAD e uma entrevista com a antropóloga Maria Luiza Heilborn (CLAM/IMS/UERJ), coordenadora nacional da pesquisa, que enfatizou a necessidade do uso contínuo de preservativos entre os jovens em suas relações sexuais, para prevenir não somente um episódio de gravidez mas também a Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).

A Pesquisa GRAVAD foi realizada por Maria Luiza Heilborn (CLAM/IMS/UERJ) e pelos pesquisadores Michel Bozon (Institut National d’Études Démographiques, INED, Paris/França), Estela Aquino (Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia, ISC/UFBA) e Daniela Knauth (Núcleo de Pesquisa em Antropologia do Corpo e da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – NUPACS/UFRGS).

Uma das mais abrangentes já feitas no Brasil, a pesquisa descreve as características sociais e demográficas da juventude e investiga seus nexos com as diferentes trajetórias de entrada na sexualidade e com possíveis eventos reprodutivos – a tão discutida gravidez adolescente. A pesquisa realizou um inquérito domiciliar com 4.634 jovens de 18 a 24 anos, de ambos os sexos, em três capitais do país (Salvador, Rio de Janeiro, Porto Alegre), Os resultados do estudo deram origem ao livro O aprendizado da sexualidade (CLAM/Editora Garamond).

Principais resultados

Em relação à gravidez na adolescência (considerada como a que ocorre até os 20 anos incompletos), os dados indicam que pelo menos um episódio reprodutivo foi relatado por 29,6% das mulheres e 21,4% dos homens. Os resultados mostram ainda que a iniciação sexual não se dá de forma tão precoce como em geral o senso comum supõe. Os rapazes se iniciam mais cedo (idade mediana em torno de 16,2 anos) e as moças um pouco mais tarde (idade mediana de 17,9).

A maioria dos entrevistados (70%) declarou uso de proteção e/ou contracepção na primeira relação sexual. Esta taxa decai com o decorrer do relacionamento uma vez que os parceiros “ganham confiança” entre si. O estudo conclui não haver diálogo explícito entre os parceiros sobre as questões ligadas à proteção diante das doenças sexualmente transmissíveis ou da gravidez.

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