Para a feminista Paula Viana, o caso de aborto da menina de nove anos revela a vulnerabilidade social a que estão expostas meninas e adolescentes no Brasil e a fragilidade das instituições públicas frente ao poder fundamentalista da Igreja Católica.
Paula Viana é enfermeira e membro da coordenação do grupo Curumim, organização de mulheres do Recife (PE) que, ao lado do SOS Corpo, se mobilizou em prol da solução mais adequada para o caso – a interrupção da gravidez. Por conta disso, a feminista foi uma das pessoas excomungadas pelo Arcebispo de Olinda e Recife, D. José Cardoso Sobrinho, juntamente com os médicos do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (CISAM), que realizaram o procedimento, e a mãe da menina estuprada, por tê-lo consentido.
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