O livro Crime e Loucura apresenta o mundo social do manicômio judiciário e sua ambivalência entre hospital e prisão. A pesquisa teve início a partir do estudo do caso de Febrônio Índio do Brasil, acusado de ter atraído e matado meninos no Rio de Janeiro. O autor aprofunda as observações sobre o cotidiano do manicômio, identificando a superposição de dois modelos de intervenção social: jurídico-punitivo e psiquiátrico-terapêutico. Carrara recorre a documentos para entender e revelar os argumentos dos protagonistas brasileiros no debate em torno do crime e da doença, em particular Afrânio Peixoto, Nina Rodrigues e Teixeira Brandão e não se restringe ao debate teórico-ideológico, utilizando casos concretos em sua análise. Eduerj/Edusp, 1998.