CLAM – Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos

artigos e resenhas

Gênero

O seqüestro de Santo André: questão pública e de gênero

O seqüestro que vitimou duas jovens amigas, motivado pelo inconformismo de um ex-namorado com a separação e que resultou na morte daquela que seria o seu “objeto de amor”, voltou a pautar na imprensa a questão da violência contra as mulheres. Mais do que isso, o caso coloca em debate as dificuldades do Estado, representado pela instituição policial, e da sociedade brasileira em geral, para tratar como crime e como questão de segurança pública aquelas situações de violência envolvendo homens e mulheres que mantiveram ou mantêm relações amorosas e quaisquer outras de intimidade afetiva. Além da tragédia que marcou o episódio, estiveram em cena as dificuldades das nossas instituições para operar de acordo com normas e valores universais.

Violência de Gênero

Eloá – A Morte Anunciada

A tragédia anunciada se transformou numa briga pela audiência da imprensa televisiva e escrita, em que em nenhum momento, ao longo da sensacionalista cobertura do “caso Eloá” a imprensa classificou como mais um caso de Violência contra as Mulheres.

artigos e resenhas

Desejo e solidão

A política da vergonha se vale do mecanismo do armário, de forma a manter a associação entre sexo e caráter dentro de uma ordem moral que condena o desejo por pessoas do mesmo sexo. Assim emerge a solidão que molda suas subjetividades. Leia artigo de Richard Miskolci (UFSCar)

Gênero

Tupperware Sexuality: Consumption, ‘Morality’

Leia o paper “Tupperware Sexuality: Consumption, ‘Morality’ and the Search for a Controllable Modernity”, do pesquisador indiano Sanjay Srivastava, professor na Universidade de Delhi. (Texto em inglês)

HIV Aids

Teatro, Mídia e AIDS

O cineasta Vagner de Almeida, da Associação Brasileira da Aids (Abia), fez um relato sobre o modo como a Aids é abordada pela mídia brasileira há quase trinta anos do surgimento da epidemia. “A mídia falha muito em se tratando de HIV/AIDS e não adianta termos o melhor programa de AIDS do mundo. Raramente o tema aparece em novelas brasileiras de forma real e quando o faz na maioria das vezes está repleto de fragmentos isolados não muito esclarecedores para a população. Raramente nos roteiros de novelas se ouve o nome “preservativo”, transar com os parceiros do elenco na trama com a “camisinha”. Cenas de sexo quase explicitas são editadas e não se fala no preservativo. Os roteiros ignoram essa palavra como se as cenas de sexo, sejam elas entre casais fixos ou não, fossem invulneráveis ao HIV/AIDS”, afirmou.