O CLAM acaba de lançar o Boletim Mensal referente ao mês de outubro de 2025. Acompanhe as notícias sobre cursos, eventos e publicações:

Curso de Extensão “Medicalização do corpo: contribuições da problemática de gênero para os processos de saúde e doença” (4ª Edição 2025 – Reprodução Assistida).
Objetivo do curso: Propomos indagar como a problemática de gênero se articula às concepções e práticas sobre saúde e doença, com ênfase especial nos processos reprodutivos e de medicalização dos corpos, produção de diagnósticos e tecnologias no campo da reprodução humana e assistida. O curso visa oferecer subsídios para fundamentação e reflexão crítica sobre a práxis de profissionais, pesquisadores e estudantes atuantes no campo das ciências da saúde e das ciências sociais e humanas e público em geral com interesse na temática. Discutiremos trabalhos na perspectiva das ciências sociais da saúde, antropologia da saúde, da crítica feminista à ciência e dos estudos sociais das ciências que desvelam as dimensões social, histórica e política de artefatos científicos que fazem interface com a problemática de gênero, do corpo e da reprodução, levando em conta sua intersecção com outros marcadores sociais como cor, raça/etnia, classe social, geração, idade, entre outros, na perspectiva interseccional.
Número de vagas: 100 vagas
Inscreva-se já pelo link: https://forms.gle/rcHXr1uX36fv9cXC6
As inscrições encerram no dia 10/10
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) /Instituto de Estudos em Saúde Coletiva (IESC)
Coordenadora: Prof.ª Fernanda Vecchi Alzuguir (IESC/UFRJ)
Professores Colaboradores: Aureliano Lopes (DEPSI/UFRRJ e CLAM/IMS/UERJ) e Lucas Tramontano (IOC/FIOCRUZ e CLAM/IMS/UERJ)
Aluno Extensionista: Cauê Bentes Araújo (IESC/UFRJ)
Professores convidada/os: Camila Cavalheiro (UFRGS), Débora Allebrandt (ICS/UFAL), Fabiola Rohden (UFRGS), Hugo Paschoal (UERJ), Marcos Carvalho (UNIFESP), Olivia Nogueira Hirsch (PUC-Rio), Pamella Liz Nunes Pereira (FSP/USP), Rafaela Teixeira Zorzanelli (IMS/UERJ); Roberta Nunes (TJ-RJ), Rosana Machin (USP).
Carga Horária total: 45 horas.
Obtenção do certificado: O mínimo exigido para obtenção do certificado do curso de extensão é a participação em, no mínimo, 5 das 7 aulas
Data de início: 17 de outubro / Término: 05 de dezembro de 2025.
Horário: Sextas-Feiras de 14 às 17 horas
Modalidade remota: https://conferenciaweb.rnp.br/
PROGRAMAÇÃO:
-17/10: Aula de abertura com a Profa. Convidada: Rafaela Zorzanelli (IMS/UERJ) ; “Um panorama histórico-conceitual sobre a medicalização dos processos de saúde e doença”
-24/10: Medicalização de corpos e processos reprodutivos: uma perspectiva critica de gênero
-31/10: Substâncias
-07/11: Imagens
-14/11: Tecnologias da Fertilidade
– 28/11: Circuitos: biocapital e interseccionalidades
– 05/12: Encerramento
Eventos:

10ª Reunião de Antropologia da Ciência e da Tecnologia: 06 a 10 de outubro
Reflexões e mobilizações em torno das transformações sentidas nas últimas edições, com explorações das etnografias em torno dos estudos das ciências e das tecnologias, considerando as tensões entre saberes científicos e “nativos” (não científicos e não acadêmicos).
A pesquisadora e professora Marina Nucci (CLAM/IMS/UERJ) irá compor, juntamente a colegas, a coordenação do seguinte Seminário Temático:
ST 13: Coproduções contemporâneas: intervenções biotecnológicas sobre o corpo, gênero e sexualidade
Coordenador(a)
Fabíola Rohden (UFRGS), Fernanda Vecchi Alzuguir (UFRJ), Marina Fisher Nucci (UERJ)
Sessão 01 – ST 13: Coproduções contemporâneas: intervenções biotecnológicas sobre o corpo, gênero e sexualidade
Terça-feira, 07 de outubro de 2025 – 14:00 às 17:00
Sala 8032 – Bloco F, 8º andar, Faculdade de Administração e Finanças (FAF)
Sessão 02 – ST 13: Coproduções contemporâneas: intervenções biotecnológicas sobre o corpo, gênero e sexualidade
Quarta-feira, 08 de outubro de 2025 – 14:00 às 17:00
Sala 8032 – Bloco F, 8º andar, Faculdade de Administração e Finanças (FAF)
Sessão 03 – ST 13: Coproduções contemporâneas: intervenções biotecnológicas sobre o corpo, gênero e sexualidade
Quinta-feira, 09 de outubro de 2025 – 14:00 às 17:00
Sala 8032 – Bloco F, 8º andar, Faculdade de Administração e Finanças (FAF)
Acesse a programação completa aqui.
Local: UERJ, Campus Maracanã, rua São Francisco Xavier, 524 – Maracanã, Rio de Janeiro.

XIV Seminário de Pesquisa do IMS : Corpos estranhos: fronteiras e confluências na saúde coletiva
Datas:03 a 06 de novembro de 2025. O seminário é uma iniciativa construída coletivamente por discentes das três áreas de concentração — Ciências Humanas e Saúde, Epidemiologia, e Política, Planejamento e Administração em Saúde — do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Os pesquisadores e professores Camila Fernandes (CLAM/IMS/UERJ) e Ueslei Solaterrar (CLAM/IMS/UERJ) juntamente às discente Carolina Aita Flores (CLAM/IMS/UERJ) e Iohanna Sanches (CLAM/IMS/UERJ) participam da Comissão Organizadora do Evento. Saiba mais em: XIV Seminário de Pesquisa do IMS – CLAM – Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos

5ª Conferência Não Monogamias e Intimidades Contemporâneas (NMCI)
Datas: 29 e 30 de novembro: Modalidade online
03, 04 e 05 de dezembro: Modalidade presencial (UFRJ – Campus Praia Vermelha)
Essa conferência é um espaço de reflexão e diálogo inter e transdisciplinar, reunindo diferentes áreas como Ciências Sociais, Psicologia, Direito, Ciências da Saúde, Comunicação, Artes, além de movimentos sociais. O evento busca integrar uma série de perspectivas críticas sobre gênero e sexualidade, família e parentesco, colonialidade, raça e etnia, direitos humanos e economia política, assim como temas transfeministas, teoria queer/cuir, estudos culturais, pós e transhumanismo, entre outros.O pesquisador Antonio Cerdeira Pilão (CLAM/IMS/UERJ) e a discente Laís Peixoto Schimidt (CLAM/IMS/UERJ) integram a Comissão Organizadora da Conferência.
Saiba mais em: 5ª Conferência Não Monogamias e Intimidades Contemporâneas (NMCI) – CLAM – Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos
Publicações:

As pesquisadoras Claudia Mora (CLAM/IMS/UERJ) e Simone Monteiro (IOC/FIOCRUZ) publicaram o artigo “Comunicação da PrEP e da PEP no Brasil: exploração dos sentidos de peças comunicacionais e análise das concepções de agentes governamentais”, na Revista Cadernos de Saúde Pública, vinculada à Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, da Fundação Oswaldo Cruz (ENSP/Fiocruz), Rio de Janeiro.
Resumo do artigo:
Informado pelas críticas sobre o fim do paradigma da excepcionalidade nas respostas à aids no Brasil, o trabalho analisa as concepções e práticas de comunicação sobre prevenção do HIV por parte de agentes governamentais e suas implicações simbólicas e programáticas. A reflexão integra uma pesquisa mais ampla com usuários, profissionais e gestores de cinco programas municipais de HIV e/ou aids da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, Brasil, e do Governo Federal. A partir das contribuições das ciências sociais para o entendimento das representações e práticas sociais em saúde, a investigação envolveu: análise de entrevistas com gestores (federais e locais) e profissionais de saúde acerca das estratégias de comunicação da prevenção combinada (PC) e das profilaxias pré-exposição (PrEP) e pós-exposição (PEP) ao HIV; e análise de 24 peças de comunicação sobre PC, PrEP e PEP. Os agentes governamentais relataram estratégias de divulgação da PrEP e PEP para os profissionais de saúde, por meio de material de consulta e oficinas, frente à rotatividade desse grupo e às resistências de cunho moral e ético-político. Porém, a divulgação pública das profilaxias é discreta ou se dá no plano digital. A exploração dos sentidos das peças de comunicação indica uma ênfase na dimensão clínica das profilaxias nos materiais governamentais e nas peças das organizações não-governamentais, em que há maior contextualização das estratégias de PC para as cenas, práticas e identidades sexuais. Nota-se um deslizamento das estratégias de comunicação para uma gramática informada pela disponibilidade de biotecnologias e sua enunciação dispersa. A fragilização da comunicação governamental na era da PC compromete a efetivação do direito à prevenção.
Palavras-chave:
Profilaxia Pré-exposição; Profilaxia Pós-exposição; HIV; Comunicação; Simbolismo.
Acesse aqui o artigo na íntegra.
Referência:
MORA, Claudia; MONTEIRO, Simone. Comunicação da PrEP e da PEP no Brasil: exploração dos sentidos de peças comunicacionais e análises das concepções de agentes governamentais. Cadernos de Saúde Pública 2025, V.41, nº 9: setembro.

A pesquisadora Juliana Vieira (CLAM/IMS/UERJ) e os professores Rogerio Azize (CLAM/IMS/UERJ) e Marina Nucci (CLAM/IMS/UERJ) publicaram o artigo “Entre tecnologias de gênero e da saúde: uma análise das campanhas preventivas de HPV e câncer no colo do útero de 2014 a 2020”, na Revista Ciência e Saúde Coletiva, editada pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).
Resumo do artigo:
Neste artigo analisamos as campanhas preventivas do câncer no colo do útero (CCU) e de vacinação de papilomavírus humano (HPV) desenvolvidas pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) do Ministério da Saúde, além de algumas campanhas produzidas por organizações não governamentais e instituições privadas, no intervalo de 2014 a 2020. À luz de um olhar socioantropológico, nosso objetivo é compreender como estas tecnologias de saúde acionam e produzem representações de gênero. Desenvolvemos sete categorias de análise (“Geracionalidade do cuidado”, “Escolarização”, “Infância e Juventude”, “Gamificação”, “Risco à saúde”, “Saúde do Homem” e “Neutralidade”) que nos permitiram discutir as temáticas que surgiram nas peças gráficas. Por meio da medicalização e monitoramento da saúde sexual e reprodutiva das mulheres, as campanhas evidenciam o que chamamos aqui de uma politização do útero, que mantém excessivo escrutínio do corpo feminino.
Palavras-chave:
Campanhas de saúde; Comunicação em saúde; HPV; Câncer no colo do útero; Medicalização.
Acesse aqui o artigo na íntegra.
Referência:
VIEIRA, Juliana Rodrigues; AZIZE, Rogério Luiz; NUCCI, Marina Fisher. Entre tecnologias de gênero e da saúde: uma análise das campanhas preventivas de HPV e câncer no colo do útero de 2014 a 2020. Ciência & Saúde Coletiva [Internet], Rio de Janeiro, 2024.

A pesquisadora Juliana Vieira (CLAM/IMS/UERJ) e os professoresRogerio Azize (CLAM/IMS/UERJ) e Marina Nucci (CLAM/IMS/UERJ) publicaram o artigo “Um transplante efêmero”: análise de publicações científicas sobre o caso brasileiro de transplante uterino, na Physis: Revista de Saúde Coletiva, publicação vinculada ao Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IMS-UERJ).
Resumo do artigo:
Este artigo analisa publicações científicas que discutem ou mencionam o procedimento de transplante uterino em humanos ocorrido no Brasil em 2016. Foram selecionados 13 artigos no PubMed publicados entre 2016 e 2023, posteriormente submetidos a uma revisão narrativa. Foram consideradas falas públicas dos médicos envolvidos com esse tipo de transplante, a partir das quais buscou-se compreender os discursos, consensos e controvérsias que surgem no campo científico. Partiu-se da perspectiva dos estudos sociais da ciência e encarou-se o discurso científico enquanto construção histórica, provisória e parcial, mobilizada por interesses econômicos, sociais e políticos. Os resultados apontam para a mobilização de argumentos morais, e não exclusivamente “técnicos” em defesa do transplante, além de uma (sobre)valorização de aspectos favoráveis do procedimento. Percebe-se, ainda, forte essencialismo biológico que corrobora a ideia de que a maternidade ideal exigiria passar pela experiência da gestação no próprio corpo, para que os componentes gestacionais, genéticos e jurídicos sejam garantidos.
Palavras-chave:
Transplante; Útero; Gênero, Ciência; Reprodução
Acesse aqui o artigo na íntegra.
Referência:
VIEIRA, Juliana Rodrigues; AZIZE, Rogério Luiz; NUCCI, Marina Fisher. “Um transplante efêmero”: análise de publicações científicas sobre o caso brasileiro de transplante uterino. Physis: Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 35 (3), 2025.

O pesquisador Amaral Arévalo publicou o capítulo “Contraataque de la biopolítica: Pánico moral, Feminismo y lesbianas en El Salvador de postguerra”, no livro Biopolítica, violencias de género y resistencias en América Latina.
Resumo do capítulo:
Este capítulo de libro tiene por objetivo, analizar – bajo el enfoque de la biopolítica y sus resistencias – un pánico moral, como práctica de exterminio, ejecutado contra el surgimiento de la primera colectiva lésbica feminista al interior de El Salvador de postguerra. Para la elaboración de este texto se utilizó una metodología cualitativa que tuvo como principal técnica el análisis documental de archivos de la memoria. El texto se divide en tres secciones, la primera aborda el dispositivo de la sexualidad operando bajo el formato de la maternidad como destino manifiesto de las mujeres al interior de El Salvador de postguerra. En la segunda sección, desarrollo la idea de que en el periodo de postguerra existieron focos de resistencia contra la biopolítica, representados en la constitución del movimiento feminista contemporáneo salvadoreño y el surgimiento de la identidad política lésbica al interior del país. En la tercera sección analizó el contraataque de la biopolítica ante esos puntos de resistencia ejecutados por mujeres disidentes al sistema de poder, por medio de un pánico moral contra la colectiva lésbica-feminista la Media Luna en el contexto de realización del VI Encuentro Feminista Latinoamérica y del Caribe realizado en noviembre de 1993 en El Salvador.
Referência:
Arévalo, A. (2025): Contraataque de la biopolítica: Pánico moral, Feminismo y lesbianas en El Salvador de postguerra. In: Ugalde, A.; Chinas, C. & Hatzky, C. Biopolítica, violencias de género y resistencias en América Latina. Buenos Aires: CALAS/Clacso, pp. 161-197.

O pesquisador Amaral Arévalo publicou o capítulo “Justicia imperfecta: judicialización de homicidios contra personas LGBTI+ en El Salvador”, no livro Disidencias sexogenéricas: identidades, cuerpos, voces e historias de Nuestra América.
Resumo do capítulo:
Este capítulo, tiene por objetivo, analizar la intersección de políticas públicas, personas LGBTI+ y acceso a la justicia en la historia reciente de El Salvador. Se ejecutó una investigación cualitativa, utilizando la técnica de revisión documental. Entre los resultados principales se destaca que al interior de la Fiscalía General de la República se construyó un andamiaje específico para dar atención, formación, registro, investigación y judicialización de delitos contra este segmento poblacional. Sin embargo, el análisis de cinco procesos judiciales seleccionados entre 2021 a 2023, muestra que existen dificultades en la Fiscalía para sustentar jurídicamente el motivo por odio a la identidad y expresión de género o la orientación sexual. En conclusión, se observa la aplicación de una perspectiva de justicia imperfecta; existe la judicialización de algunos homicidios contra personas LGBTI+, pero se mantienen negaciones identitarias jurídicas que impiden el pleno reconocimiento de las aristas -desde las más visibles hasta las menos evidentes- del género y la sexualidad que envuelven este tipo de homicidios.
Referência:
Arévalo, A. (2025): Justicia imperfecta: judicialización de homicidios contra personas LGBTI+ en El Salvador. In: Hernández, S.; Albores, M.; & García, G. Disidencias sexogenéricas: identidades, cuerpos, voces e historias de Nuestra América. Tuxtla Gutiérrez: UNICACH, pp. 72 – 97.
Centro Latino-americano em Sexualidade e Direitos Humanos
Instituto de Medicina Social
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Campus Francisco Negrão de Lima (Maracanã)
Endereço: Rua São Francisco Xavier, 524, Maracanã, Rio de Janeiro – 6 Andar – Bloco E
