CLAM – Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos

Aborto: Evidências Científicas

Para subsidiar o debate sobre a interrupção voluntária da gestação, objeto de audiência pública no Supremo Tribunal Federal em agosto de 2018, o número 36, Suplemento 1 da revista Cadernos de Saúde Pública (2020) aborda o aborto como questão de Saúde Pública, trazendo evidências de pesquisa sobre suas múltiplas dimensões, apresentando dados atualizados, suprindo lacunas preexistentes e indicando novos caminhos para a investigação.

Clique aqui para acessar o fascículo gratuitamente.

Descrição *

Com caráter interdisciplinar, o Suplemento reúne pesquisadores nacionais e internacionais que são lideranças na temática da Saúde da Mulher, e busca a atualização científica e a apresentação de resultados para subsidiar o debate baseado em evidências.

Ilana Löwy, pesquisadora do INSERM – Institut National de la Santé et de la Recherche Médicale, França – discute o difícil tema da interrupção da gestação na presença de malformação do feto.

Trazendo o contexto internacional, o fascículo apresenta a experiência de sete países (El Salvador, Colômbia, Uruguai, Argentina, Brasil, Portugal e Irlanda) com marcos regulatórios diversos em relação à interrupção voluntária da gestação.

Duas revisões sistemáticas, uma sobre o aborto inseguro e outra sobre o aborto legal, reúnem a produção científica nacional no período 2008-2018, com estudos de abordagem quantitativa.

Três artigos trazem questões metodológicas: as dificuldades na realização de estudos quantitativos sobre a temática do aborto em contextos de ilegalidade, uma proposta de instrumento para avaliação da qualidade da atenção ao aborto na perspectiva das usuárias, e a utilização de um modelo hierárquico bayseano para estimar o número de abortos.

Em 10 estudos, com metodologias quantitativa e qualitativa, são abordados variados aspectos da interrupção da gestação, desde os limites e potencialidades dos sistemas de informação nacionais para analisar a situação epidemiológica do aborto no país aos discursos sobre o aborto na epidemia de Zika em dois jornais de circulação nacional, da perspectiva masculina face à gravidez indesejada à avaliação das práticas e significados da cena da ultrassonografia em maternidades públicas, entre outros.

Por fim, o suplemento encerra com a entrevista de Margareth Arilha, pesquisadora do Núcleo de Estudos de População Elza Berquó (NEPO) Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e membro do núcleo de pesquisadores do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP).

* Extrato do Editorial, assinado por Rosa Maria Soares Madeira Domingues, Marilia Sá Carvalho, Cláudia Medina Coeli e Luciana Dias de Lima.

Clique aqui para acessar o fascículo gratuitamente.