CLAM – Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos

Estudos comparam conhecimento em sexualidade na AL

Inédito na América Latina, o estudo “Estado da Arte da Pesquisa sobre Sexualidade e Direitos Humanos”, recentemente realizado no Brasil, na Argentina, no Chile, na Colômbia e no Peru, identifica os avanços e as principais lacunas na produção acadêmica nos cinco países, e sugere linhas de trabalho para o futuro. Além de permitir o diálogo entre especialistas do campo de diferentes países e culturas, a simultaneidade do estudo também abre a possibilidade de estudos comparativos.



No Brasil o levantamento foi coordenado pela socióloga Teresa Citeli; na Argentina, pela pesquisadora Mônica Gogna; no Chile, por Tereza Valdéz; no Peru, por Carlos Cáceres; enquanto na Colômbia, está sendo revisto por Mauro Brigeiro. O objetivo dos estudos é contribuir para a construção de uma agenda de pesquisa sobre sexualidade e direitos humanos, visando influir sobre o debate público no plano nacional e subsidiar o intercâmbio entre pesquisadores latino-americanos.



O estudo brasileiro, já publicado na forma de documento, apresenta um balanço do conhecimento acumulado sobre sexualidade no âmbito das Ciências Sociais no país entre os anos de 1990 e 2002. O levantamento argentino foi produzido a partir de um convênio com o Centro de Estudos de Estado e Sociedade (CEDES). Coordenados por diferentes instituições e parcerias, os estudos são produzidos numa articulação do Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos (CLAM) com as instituições colaboradoras.


Direitos e políticas sexuais na região – o panorama atual

Outra pesquisa comparada na região enfoca os direitos e políticas sexuais. O estudo apresenta informações atualizadas sobre leis, políticas públicas e jurisprudência em termos dos chamados direitos sexuais em cinco países da América Latina, como por exemplo aquelas que contemplam orientação sexual, direitos reprodutivos, violência sexual, Aids e outros temas. No Brasil o estudo foi coordenado pela antropóloga Adriana Vianna e pela cientista social Paula Lacerda. Na Argentina, está sendo realizado pela pesquisadora Mónica Petracci; no Chile, por Cláudia Dides; no Peru, por Patrícia Martinez e na Colômbia o pesquisador ainda será definido.