CLAM – Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos

Livro conta histórias de espaços populares

O cotidiano de moradores de favelas no Rio de Janeiro, caracterizado pela presença do narcotráfico e seus desdobramentos, particularmente em relação à sexualidade; a relação dos moradores da chamada cidade formal com a favela e um fictício diálogo entre pai e filha envolvidos no mundo do crime. Estes são elementos presentes nos textos da coletânea resultante do I Concurso de Produção Textual do Observatório de Favelas, publicação que será lançada no dia 16 de fevereiro, às 19h, no Museu da República.



Os textos, entre eles uma peça de teatro, foram selecionados no concurso promovido pelo Observatório em parceria com o Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos (CLAM), o Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré (CEASM) e o Centro de Estudos sobre Segurança e Cidadania (CESeC/UCAM), como desdobramento de um seminário realizado em 2003, onde se desejava pôr em discussão temas relativos à sexualidade, violência e justiça.



Na publicação estão reunidos os textos finalistas da categoria produção textual. O conto Ouroboros, de Paula Santos, retrata o drama de uma personagem cuja história é atravessada de emoções que marcam o cotidiano de muitos moradores de favelas e suas interfaces com o crime.



Em Faça a coisa certa, Flávio Aniceto aborda de forma leve e descontraída a importância da ruptura com determinados preconceitos. A peça teatral Eles não usam tênis naique, de Márcia Zanelatto, narra o diálogo de duas gerações do mundo do crime – pai e filha revelam suas angústias, alegrias e conflitos. Fazem ainda parte da coletânea os textos O Guerreiro, de Luiz Carlos Sá, O Espelho, de Keli Regina Silva Serra e Conto de amor em quatro atos, de Maria Cristina Pereira Martins.