CLAM – Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos

Sexualidade em debate

Foi realizado em Caxambu, Minas Gerais, o 31º Encontro Anual da ANPOCS (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais). A instituição está completando 30 anos de existência, período no qual se firmou como uma entidade que reúne os mais importantes centros de pós-graduação e pesquisa em ciências sociais brasileiros, servindo como referência aos cientistas sociais do país e do exterior. Nascida num período em que a sociedade brasileira estava engajada na luta pela redemocratização, a Anpocs esteve sempre presente nos grandes debates nacionais. Congregando atualmente 79 centros, a Associação tem se caracterizado por ser uma sociedade científica em que antropólogos, cientistas políticos e sociólogos de diferentes perspectivas teóricas e políticas apresentam e discutem relevantes temas sociais e políticos do Brasil e do mundo.

O 31º Encontro contou com 35 seminários temáticos, 26 mesas-redondas e 11 conferências, além de fóruns, painéis, cursos e exposições. O antropólogo Sérgio Carrara, coordenador do CLAM, coordenou o seminário temático (ST) “Sexualidade e ciências sociais: desafios teóricos, metodológicos e políticos”, ao lado de pesquisador Julio Simões (USP). Este ST teve as pesquisadoras Jane Russo (CLAM/IMS/UERJ), Laura Moutinho (USP) e Adriana Vianna (MN/UFRJ) como debatedoras e como expositoras Fabíola Rohden (CLAM), Maria Filomena Gregori (UNICAMP), Simone Monteiro (Fiocruz), Fátima Cecchetto (Fiocruz), entre outras participações previstas.

Veja abaixo a ementa do ST “Sexualidade e ciências sociais: desafios teóricos, metodológicos e políticos”:

O renovado interesse pela sexualidade nas ciências sociais brasileiras tem levado ao refinamento da pesquisa empírica e da reflexão teórica tanto no que se refere às corporalidades, subjetividades e expressões identitárias relativas a práticas afetivo-sexuais, quanto ao estatuto do erotismo, às formas de regulação moral da sexualidade e às implicações políticas e jurídicas da concepção de “direitos sexuais”. Esta proposta visa promover a discussão aprofundada desses diferentes recortes e preocupações, realçando a centralidade da temática para a compressão de processos sociais mais amplos. Questões privilegiadas no debate são: sexualidade e marcadores sociais de diferença; possibilidades e limites das concepções de “identidades” e “culturas” sexuais; estilos de vida, consumo e mercado sexual; erotismo, pornografia, transgressão e violência; saberes, políticas sexuais e direitos humanos.