Curso é voltado a profissionais da área da Saúde, do Direito, da Assistência Social e demais interessados nas temáticas de gênero, direitos reprodutivos e violência
A Rede Transnacional de Pesquisas sobre Maternidades Destituídas, Violadas e Violentadas (REMA) acaba de colocar no ar o curso online “Maternidades e violências: fortalecimento do direito à saúde e redes de acolhimento”. O lançamento acontece neste mês de março, marcado pelas ações em torno do Dia Internacional da Mulher.
Disponível gratuitamente na plataforma do Telessaúde, da UERJ, o curso contou com o financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e é fruto da parceria entre a REMA e o Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos (CLAM), do Instituto de Medicina Social Hésio Cordeiro da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IMS/UERJ).
No contexto do mês que relembra as lutas e resistências das mulheres contra as diversas formas de violências, o curso enfoca nas experiências que se manifestam em diferentes momentos das vidas das mães – gravidez, pré-natal, parto e no exercício da maternagem – e violam o direito das mulheres a maternar seus filhos.
Vale lembrar que as mulheres que sofrem mais violências enquanto mães são aquelas que se encontram em situações de vulnerabilidade, como mulheres pobres, com baixa escolaridade, negras, indígenas, migrantes, moradoras de favelas, em situações de ruas, com diagnósticos de doenças mentais, entre outras complexidades.
Considerando essas questões, o curso “Maternidades e violências: fortalecimento do direito à saúde e redes de acolhimento”, busca fomentar reflexões e diálogos sobre a temática, sensibilizar os profissionais que atuam com essas temáticas diante das experiências das mulheres que sofreram e sofrem esses diversos tipos de violências.
Além do módulo introdutório de apresentação do curso, o mesmo foi organizado em mais três módulos: o primeiro propõe reflexões sobre maternidades destituídas, ou seja, maternidades interrompidas devido à retirada compulsória da guarda de filhos; o segundo apresenta uma discussão sobre desigualdades raciais, saúde reprodutiva e violência obstétrica; finalmente, o terceiro módulo se organiza em torno de pesquisas e experiências sobre maternidades violentadas devido a ações policiais em favelas, que levaram à morte ou ao encarceramento dos filhos, e os impactos dessas ações na saúde e direitos das mães e familiares desses jovens.
O curso é voltado a profissionais da área da Saúde, do Direito, da Assistência Social, assim como a ativistas, mães, pesquisadoras/es e demais interessadas/os nas temáticas de gênero, direitos reprodutivos e violência.
Composto por sete aulas assíncronas, com duração de 30 minutos cada aula, o curso prevê também a carga horária de 2 horas de leitura por aula e uma avaliação final, de múltipla escolha, a ser realizada em 1 hora e 30 minutos. O prazo para a conclusão do curso é de 6 semanas. Quem obtiver 70% de frequência e 50% de acertos na prova será aprovada/o, obtendo um certificado de conclusão.
Inscreva-se e tenha acesso ao curso completo clicando aqui.
(Página inicial do site Telessaúde da UERJ)