O GEPSID – Grupo de Pesquisa Subjetividades e Instituições em Dobras convida ao lançamento público de Prisões, sexualidades, gênero e direitos: desafios e proposições em pesquisas contemporâneas, em formato-e-book, pela coleção CLAM/EdUERJ.
O evento ocorrerá na terça-feira, 17 de novembro de 2020 às 10:00 (UTC-03), no canal YouTube do GEPSID, com a participação das autoras e autores do volume: Anna Paula Uziel, Natália Corazza Padovani, Ana Camilla de Oliveira Baldanzi, Luiz Beltrami D’Angelo, Jimena de Garay Hernández, Bárbara Silva da Rocha, Vanessa Pereira de Lima e Martinho Braga Batista e Silva.
A coletânea se insere no desenvolvimento dos estudos sobre prisões, reunindo trabalhos de autores que têm, desde muitos anos, produzido críticas densas e contundentes para o modo como a análise dos campos prisionais e das violências de Estado não podem se furtar de localizá-las frente as tecnologias de gênero que as produzem.
A obra reúne os trabalhos ali apresentados e desenvolvidos a partir dos densos diálogos metodológicos voltados para a produção de conhecimento sobre os temas de gênero, sexualidades e direitos reprodutivos no âmbito da vivência e da produção do espaço prisional. Os artigos publicados resultam de pesquisas produzidas desde contextos muito diversos. Pesquisas feitas em prisões femininas e masculinas de diferentes estados brasileiros, bem como nas filas das visitas, ONGs e redes de militância que as cercam; análises cunhadas entre bairros e prisões do Brasil, Portugal, França, Dinamarca e Estados Unidos.
As pesquisas sobre as quais os artigos versam foram produzidas por professoras/es e estudiosas/os que têm marcado internacionalmente o campo das pesquisas sobre prisões, ao voltarem-se sensivelmente para os debates de gênero e sexualidades, bem como jovens pesquisadoras/es se iniciando de forma provocadora neste campo de investigação.
O livro está dividido em sete partes, as quais seccionam o debate através de eixos temáticos preocupados com as interseccionalidades das categorias empíricas de gênero, mas também com as implicações políticas e metodológicas de se fazer pesquisa em prisões ou com suas redes de militância.
Os trabalhos apresentam análises absolutamente imprescindíveis para o exame das permanentes violações de direitos a que essas populações estão submetidas, particularmente desde especificidades de gênero e sexualidade, bem como o modo através do qual instituições de aprisionamento que não são nomeadas como prisões – quais sejam, albergues e casas de acolhida para adolescentes e idosos, por exemplo – empreendem técnicas carcerárias (e de patologização) no governo do cotidiano das pessoas por elas “tuteladas”.