No dia 23/06 será lançado o livro “Justiça Reprodutiva: desafios interseccionais na saúde coletiva”, organizado por Elaine Brandão (IESC/UFRJ), Laura Lowenkron (IMS/UERJ) e Rosamaria Carneiro (PPGPECA/UNB), no II Colóquio Anthera, às 18h30, no auditório 11 (Bloco F, 1º andar, no Campus Maracanã da UERJ). A versão impressa do livro “Justiça Reprodutiva” já está disponível para compra na Livraria Virtual da Editora Fiocruz, através do link: https://fiocruz.br/livro/justica-reprodutiva-desafios-interseccionais-na-saude-coletiva.
A versão digital livro pode ser adquirida no Portal SciELO Livros, através do link https://books.scielo.org/id/jj4dt
Saiba mais sobre a coletânea:
Justiça reprodutiva: desafios interseccionais na saúde coletiva. Editora Fiocruz, 2025.
Organizadoras: Elaine Brandão, Laura Lowenkron e Rosamaria Carneiro
Contemplada pela chamada especial da editora Fiocruz para coletâneas sobre temas Inovadores, a obra materializa o instigante conceito da justiça reprodutiva para o campo das ciências sociais e humanas em saúde. Originada no seio do pensamento e do ativismo político feminista negro, norte e latino-americano, em associação à matriz teórica da interseccionalidade, essa noção expande a agenda dos direitos reprodutivos, centrada na autonomia individual, de maneira a incluir o ideal de justiça social. Ao mesmo tempo em que reconhece a importância de resgatar suas origens, a coletânea, composta de 9 capítulos, busca ampliar a abordagem para além do modo como esse conceito foi originalmente concebido e costuma ser utilizado, apresentando novas situações teóricas e empíricas nas quais tal noção pode ser aplicada. Isso significou incluir, além dos marcadores sociais da diferença de classe, raça, gênero, outros eixos de opressão e temáticas como capacitismo, etnia indígena, transmasculinidade, migração internacional, destituição do poder familiar de mulheres vulnerabilizadas e violência letal em territórios periféricos, entre outros.
Além da apresentação das organizadoras, o livro conta com prefácio de Lucia Xavier e Monica Sacramento, da ONG Criola, e orelha assinada por Claudia Fonseca. Os capítulos reúnem autoras de diferentes regiões do Brasil e do Chile que trabalham com o tema da reprodução a partir de temas, perspectivas e disciplinas diversas, como Saúde Coletiva, Antropologia e Sociologia:
1) “Política dos corpos, (in)justiça reprodutiva e o sistema moderno colonial de gênero”, de Emanuelle Góes;
2) “Mães em disputa: diálogos entre os estudos sobre maternidades, justiça reprodutiva e o campo dos cuidados”, de Camila Fernandes;
3) “Justiça reprodutiva e morte materna: ascensão e queda da atuação dos Comitês de Mortalidade Materna”, de Fabiana Santos Lucena e Carmen Simone Grilo Diniz;
4) “Mães sanöma/yanomami, o drama da mortalidade infantil e a (in)justiça reprodutiva”, de Silvia Guimarães e Catherine Alès;
5) “‘O problema é cultural’”: estigmas, comportamentos e vigilâncias reprodutivas de mulheres haitianas”, de Jaciane Milanezi;
6) “Experiências transmasculinas e os desafios frente à justiça reprodutiva”, de Anne Alencar Monteiro;
7) “(Sobre)viver nas engrenagens do ‘sistema’: maternidade, deficiência e a politização dos afetos”, de Waleska Aureliano;
8) “Entre mulheres que destituem e que são destituídas: reflexões sobre a atuação do Poder Judiciário e a justiça reprodutiva em casos de destituição do poder familiar”, de Janaína Gomes;
9) “Maternidade em territórios marginalizados: violência, medos e futuros no sul de Santiago do Chile”, de Marjorie Murray e Constanza Tizzoni.