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Sexualidade, Direitos Humanos e pensamento demográfico: conexões e disjunções num mundo em mudança
Por Sonia Corrêa e Richard Parker. Dadas as condições que prevalecem no mundo no início do século XXI, presenciamos a mudança do marco de referência do debate histórico sobre ética e demografia, tanto em termos de uma maior ênfase nos direitos individuais, em oposição à ênfase anterior no bem público, como pela inclusão de todo um conjunto de novas dimensões, especialmente da sexualidade.
Sexualidade, Direitos Humanos e pensamento demográfico: conexões e disjunções num mundo em mudança
Por Sonia Corrêa e Richard Parker. Dadas as condições que prevalecem no mundo no início do século XXI, presenciamos a mudança do marco de referência do debate histórico sobre ética e demografia, tanto em termos de uma maior ênfase nos direitos individuais, em oposição à ênfase anterior no bem público, como pela inclusão de todo um conjunto de novas dimensões, especialmente da sexualidade.
Sexo e gênero no discurso médico brasileiro da segunda metade do século XIX ao início do século XX
Coordenação: Fabíola Rohden. A medicina do século XIX e primeiras décadas do século XX contribui exemplarmente para a delimitação das características definidoras da sexualidade no mundo moderno, traçando as bases sobre as quais se assentam os debates científicos atuais. No que se refere ao Brasil, ainda temos pouco conhecimento de como a produção médica local se inseria nesse campo.
Gravidez na adolescência. Gênero e Sexualidade: Estudo multicêntrico sobre Jovens, Sexualidade e Reprodução no Brasil – GRAVAD
Coordenação: Maria Luiza Heilborn, Estela M. L. Aquino, Daniela Riva Knauth e Michel Bozon . A pesquisa – uma das mais abrangentes que já se fez no Brasil – descreve as características sociais e demográficas da juventude e investiga seus nexos com as diferentes trajetórias de entrada na sexualidade e com possíveis eventos reprodutivos – como a tão discutida gravidez adolescente.
Homossexualidade, violência & justiça
| Coordenação: Sergio Carrara. O objetivo mais geral da investigação é contribuir para o conhecimento do padrão de vitimização, no caso de violência letal, de homossexuais brasileiros; perceber como os casos são apreciados por policiais, juízes, promotores, defensores, médico-legistas etc., estabelecendo as diferentes imagens da homossexualidade que emergem em seu discurso; compreender como tais imagens e representações sobre a homossexualidade estão conectadas às mantidas pela sociedade abrangente, especialmente às divulgadas pela imprensa diária que noticia tais crimes e fornecer subsídios para a reflexão sobre o modo pelo qual as diferentes hierarquias sociais (gênero, classe, raça, sexo) articulam-se e interagem no Brasil. |
Dados sobre comportamentos sexuais no Brasil
No Brasil, são raros os bancos de dados sobre comportamento sexual e sexualidade produzidos para serem disponibilizados e aqueles que o são, quando muito, permitem uma forma limitada de manuseio. Tanto em termos qualitativos quanto quantitativos, o material não está organizado, muitas das vezes tendo recebido apenas tratamento preliminar. O objetivo do documento é mapear os dados existentes (de modo a produzir uma organização mínima que possibilite fornecer alguma inteligibilidade ao conjunto), assim como produzir um diagnóstico sobre sua qualidade.
Jurisprudência e sexualidade no Brasil
O objetivo deste documento é analisar, de modo sistemático, as principais questões jurídicas referentes aos direitos relativos à sexualidade no Brasil, tomando por base os elementos mais importantes trazidos pelo documento estratégico “Direitos e políticas sexuais no Brasil”. Cuida-se de uma análise principiológica, buscando estruturar a discussão jurídica brasileira em torno dos direitos no país relacionados à sexualidade.
A sexualidade nas classificações psiquiátricas: um estudo sobre a medicalização da vida cotidiana
Coordenação: Jane Araújo Russo. A pesquisa visa a analisar a transformação verificada no campo psiquiátrico contemporâneo, com a paulatina hegemonia de uma interpretação biológica dos transtornos mentais. Essa transformação ocorreu nos anos 80, a partir da publicação da terceira versão do Diagnostic and Statistic Manual of Mental Disorders (DSM III) da American Psychiatric Association. É importante assinalar que a mudança na compreensão dos transtornos mentais – de uma visão psicológica para uma visão biológica – não é um fenômeno isolado, fazendo parte, na verdade, de uma espécie de “rebiologização” de temas e discussões antes circunscritos ao campo do embate político, como as diferenças de gênero ou de raça.
Construção social da pessoa: família, reprodução e ethos religioso no Brasil
Coordenação: Luiz Fernando Dias Duarte. Este projeto visa estudar e discutir a relação entre a construção social da pessoa, o entranhamento familiar e os valores e práticas que envolvem a reprodução humana na sociedade brasileira contemporânea. Um foco analítico e comparativo importante é o das diferenças de ethos religioso envolvido em cada estágio dos ciclos do desenvolvimento pessoal e doméstico. Estão aí tematizadas questões, tais como: as estratégias de formação ou manutenção das redes de aliança / filiação, o comportamento sexual e reprodutivo, o tipo e grau de adesão a determinadas opções religiosas, e – finalmente – as condições de interrelação dessas dimensões nas carreiras e trajetórias dos diferentes sujeitos sociais.
Homossexualidade, parentalidade e grupos homossexuais
Coordenação: Anna Paula Uziel. Com o avanço da epidemia de HIV/AIDS nos anos 90, surgiram, em diversos países do mundo, projetos para a legalização da parceria entre pessoas do mesmo sexo. O teor desses projetos continua sendo objeto de controvérsias.